Aspectos legais do Direito Penal Econômico que influenciam a reputação das empresas

Carlos Alberto Arges Junior
Carlos Alberto Arges Junior

Segundo o advogado Carlos Alberto Arges Junior, o Direito Penal Econômico é um ramo do direito que se dedica ao estudo e à aplicação de normas jurídicas para combater crimes que afetam a ordem econômica e financeira. Esses crimes, como lavagem de dinheiro, fraudes fiscais, corrupção e crimes contra o sistema financeiro, têm impactos significativos na economia e na sociedade, gerando prejuízos tanto para o setor público quanto para o privado. 

Neste artigo, abordaremos os principais aspectos legais do Direito Penal Econômico, explorando sua definição, as normas que o regem e os desafios enfrentados na sua aplicação.

O que é o Direito Penal Econômico?

O Direito Penal Econômico pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas que visam proteger a ordem econômica e financeira de ações ilícitas que a prejudiquem. Ele atua na prevenção e repressão de condutas que afetam o mercado, como fraudes, sonegação fiscal, formação de cartéis e manipulação de preços. Esse ramo do direito visa garantir a estabilidade econômica e a confiança nas relações comerciais e financeiras.

Como explica o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, diferentemente do direito penal tradicional, que foca em crimes contra a vida e a propriedade, o Direito Penal Econômico lida com infrações mais complexas, muitas vezes cometidas por empresas ou indivíduos com alto poder econômico. Por isso, ele exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo conhecimentos de direito, economia e contabilidade.

Carlos Alberto Arges Junior
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Quais são as principais normas do Direito Penal Econômico?

No Brasil, o Direito Penal Econômico é regulado por diversas leis e normas, que visam coibir práticas ilícitas no âmbito econômico. Entre as principais estão a Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013), que pune empresas por atos de corrupção contra a administração pública, e a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei n.º 9.613/1998), que combate a ocultação de recursos obtidos ilegalmente. 

Carlos Alberto Arges Junior destaca que outro marco importante é a Lei de Defesa da Concorrência (Lei n.º 12.529/2011), que busca prevenir e punir práticas anticompetitivas, como cartéis e abuso de poder econômico. Essas normas são complementadas por regulamentações específicas de órgãos como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que atuam na fiscalização e na aplicação das leis.

Quais são os desafios na aplicação do Direito Penal Econômico?

Como evidencia o doutor Carlos Alberto Arges Junior, um dos principais desafios do Direito Penal Econômico é a complexidade das infrações, que envolvem muitas vezes transações internacionais, estruturas corporativas intrincadas e o uso de tecnologias avançadas para ocultar ilícitos. Isso exige dos operadores do direito um alto nível de especialização e a utilização de ferramentas modernas de investigação, como a análise de dados e a inteligência artificial.

Outro desafio é a necessidade de equilibrar a repressão aos crimes econômicos com a garantia de direitos fundamentais, como o devido processo legal e a presunção de inocência. Além disso, a globalização e a interdependência dos mercados exigem maior cooperação internacional para combater crimes transnacionais, como a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal. 

O advogado Carlos Alberto Arges Junior considera que o Direito Penal Econômico desempenha um papel crucial na proteção da ordem econômica e financeira, combatendo crimes que geram prejuízos significativos para a sociedade. No entanto, sua aplicação enfrenta desafios complexos, que exigem constante atualização e cooperação entre os diversos atores envolvidos. A efetividade desse ramo do direito depende, portanto, de um esforço contínuo para adaptar-se às novas realidades econômicas e tecnológicas.

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