Segundo o tributarista Leonardo Manzan, compreender as distinções entre o tributarista empresarial e o tributarista público é essencial para quem busca se especializar na área fiscal. Embora ambos atuem com o sistema tributário, suas responsabilidades, desafios e oportunidades de carreira são bastante diferentes. Entenda!
O que faz um tributarista empresarial?
O tributarista empresarial é o profissional especializado em orientar empresas quanto à correta apuração e recolhimento de tributos. Sua atuação está voltada para o setor privado, especialmente em organizações que precisam de suporte estratégico para manter a conformidade fiscal e, ao mesmo tempo, otimizar sua carga tributária. Esse profissional realiza análises detalhadas da legislação vigente, propõe planejamentos tributários lícitos e identifica oportunidades de economia fiscal.
Conforme explica Leonardo Manzan, o tributarista empresarial também atua em auditorias, defesas em processos administrativos e judiciais, e na prevenção de passivos tributários. Além disso, a atuação empresarial exige atualização constante, devido à complexidade e à dinâmica das normas fiscais brasileiras. A habilidade de traduzir normas técnicas em orientações práticas é uma característica indispensável nesse campo.
Quais as oportunidades e desafios em cada carreira tributária?
Ambas as carreiras oferecem oportunidades significativas, pontua Leonardo Manzan. No setor privado, há grande demanda por profissionais capazes de encontrar soluções criativas e legais para reduzir os impactos fiscais nas empresas. O tributarista empresarial pode atuar como consultor autônomo, sócio de escritórios ou em cargos de alta gestão fiscal em grandes corporações.
Já no setor público, o tributarista encontra estabilidade, salários atrativos e a possibilidade de contribuir diretamente com a eficiência, a justiça fiscal e a modernização do sistema tributário. Atuar em órgãos como Receita Federal, Secretarias da Fazenda estaduais e municipais, Tribunais de Contas e Procuradorias permite que o profissional participe ativamente da formulação de políticas públicas, da fiscalização, da arrecadação e do combate à sonegação.

Os concursos públicos são, historicamente, a principal porta de entrada para essa carreira, oferecendo não apenas segurança financeira, mas também oportunidades de crescimento, desenvolvimento contínuo e ascensão para cargos estratégicos dentro das instituições. Cargos como auditor fiscal, analista tributário, procurador da fazenda e consultor legislativo, por exemplo, garantem ao tributarista ampla atuação em temas de alta relevância econômica e social.
Ademais, o mercado público valoriza de forma crescente profissionais éticos, comprometidos com a legalidade, a transparência e a excelência na entrega de resultados. A atuação nesse segmento exige, além de profundo domínio técnico, responsabilidade social, postura íntegra e constante atualização frente às mudanças legislativas, tecnológicas e econômicas que impactam diretamente a gestão tributária do país.
Qual caminho seguir: público ou privado?
A escolha entre ser um tributarista empresarial ou um tributarista público depende do perfil profissional e dos objetivos de carreira. Quem prefere ambientes dinâmicos, foco em resultados e contato direto com clientes pode se identificar mais com a atuação empresarial. Por outro lado, quem busca estabilidade, impacto social e interesse em políticas públicas pode optar pelo setor público.
Para Leonardo Manzan, é possível, inclusive, transitar entre essas áreas ao longo da carreira, enriquecendo a experiência profissional e ampliando significativamente o campo de atuação. Esse movimento proporciona uma visão mais ampla e estratégica do funcionamento do sistema tributário, tanto sob a ótica da iniciativa privada quanto da administração pública. O tributarista que acumula vivências nos dois ambientes desenvolve uma capacidade diferenciada de interpretar a legislação, entender os desafios de ambos os lados e propor soluções mais eficazes e equilibradas.
Conclui-se assim que cada um contribui à sua maneira para a legalidade e a eficiência da arrecadação no Brasil. Portanto, Leonardo Manzan enfatiza que escolher entre essas áreas exige reflexão, preparação e alinhamento com os objetivos profissionais de longo prazo.
Autor: Bertolucci Swatt
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