Como o advogado atua na proteção da infância em processos judiciais

Dr. Aroldo Fernandes da Luz explica que o advogado atua na proteção da infância garantindo direitos e segurança jurídica em processos judiciais.
Dr. Aroldo Fernandes da Luz explica que o advogado atua na proteção da infância garantindo direitos e segurança jurídica em processos judiciais.

A infância é uma fase da vida que exige proteção especial, tanto do Estado quanto da sociedade. No campo jurídico, essa proteção ganha contornos ainda mais relevantes quando crianças e adolescentes estão envolvidos em processos judiciais — seja como vítimas, testemunhas ou parte em conflitos familiares. Segundo o advogado Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a atuação do advogado é essencial para garantir que os direitos da criança sejam preservados de forma integral, respeitando sua vulnerabilidade e seu desenvolvimento físico, emocional e social.

A infância como prioridade absoluta no Direito

A Constituição Federal de 1988, no artigo 227, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade, os direitos das crianças e dos adolescentes. Esse princípio é reforçado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/90), que reconhece as crianças como sujeitos de direitos e não apenas como objetos de tutela.

De acordo com Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o advogado que atua na proteção da infância deve conhecer profundamente essas normas e aplicá-las com sensibilidade, evitando a revitimização e atuando com foco no melhor interesse da criança — um dos pilares do Direito da Infância e Juventude.

Atuação em ações de guarda, convivência e alimentos

Uma das frentes mais comuns de atuação do advogado na defesa dos direitos da criança ocorre em ações de guarda, regulamentação de convivência e pensão alimentícia. Nestes casos, embora os pais ou responsáveis sejam as partes formais do processo, os efeitos recaem diretamente sobre os filhos.

O advogado deve orientar seus clientes com equilíbrio, buscando sempre soluções que priorizem o bem-estar da criança. Conforme ressalta Dr. Aroldo Fernandes da Luz, é fundamental evitar estratégias litigiosas que transformem a criança em instrumento de disputa, como denúncias infundadas ou tentativas de alienação parental.

Atuação em casos de abuso, negligência e violência

Quando há suspeita de abuso físico, sexual, negligência ou abandono, o advogado pode atuar na defesa da criança representada por familiares, instituições ou pelo Ministério Público. Nestes casos, a agilidade e a cautela são essenciais para preservar a integridade física e emocional da vítima.

Segundo Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o profissional deve trabalhar em sintonia com o Conselho Tutelar, Defensoria Pública, promotores e psicólogos, construindo uma rede de proteção que respeite o sigilo, a escuta especializada e o direito da criança a ser protegida de novas violações.

Defender crianças em processos judiciais exige conhecimento profundo do Direito da Infância, destaca Dr. Aroldo Fernandes da Luz.
Defender crianças em processos judiciais exige conhecimento profundo do Direito da Infância, destaca Dr. Aroldo Fernandes da Luz.

Representação de crianças e adolescentes em processos próprios

Em algumas situações, crianças e adolescentes figuram como parte ativa nos processos — como nos casos de adoção, medida de proteção, destituição do poder familiar ou até em atos infracionais. Nesses cenários, o advogado atua diretamente na defesa técnica do menor, com abordagem adaptada à sua faixa etária e condição de desenvolvimento.

Dr. Aroldo Fernandes da Luz destaca que o atendimento deve ser humanizado e acolhedor, garantindo que a criança compreenda o que está acontecendo e que sua voz seja ouvida de maneira respeitosa e protegida.

A escuta especializada como ferramenta de proteção

Uma das ferramentas mais importantes na proteção da infância em processos judiciais é a escuta especializada — prevista na Lei nº 13.431/2017. Trata-se de um procedimento que permite ouvir crianças e adolescentes de forma cuidadosa, sem traumas ou exposição desnecessária, por profissionais capacitados.

O advogado deve assegurar que esse direito seja respeitado sempre que o menor for ouvido. Conforme observa Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o relato da criança não pode ser coletado de forma informal, desrespeitosa ou coercitiva, sob pena de violar sua dignidade e comprometer a validade da prova.

A importância do preparo técnico e emocional

Atuar na proteção da infância exige do advogado não apenas conhecimento jurídico, mas preparo emocional, ética e empatia. É necessário lidar com situações delicadas, ouvir histórias difíceis e interagir com múltiplos agentes da rede de proteção.

Segundo Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a especialização em Direito da Criança e do Adolescente, além da participação em cursos, seminários e grupos de estudo, é essencial para uma atuação segura e eficaz. O advogado precisa ser, antes de tudo, um defensor sensível da infância.

Conclusão: compromisso com o melhor interesse da criança

A atuação do advogado em processos que envolvem crianças e adolescentes é mais do que uma prática profissional — é um compromisso com o futuro. Garantir os direitos da infância é garantir que cada criança possa crescer em um ambiente seguro, saudável e respeitoso, livre de abusos e violências.

Como afirma Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o advogado que se dedica à proteção da infância exerce o Direito em sua dimensão mais humana. Ao colocar o melhor interesse da criança acima de disputas pessoais ou estratégias processuais, ele contribui para uma sociedade mais justa, ética e solidária.

Autor: Bertoluccci Swatt