O cavalo ideal não é o mais caro nem o mais famoso, é aquele que combina genética, temperamento e funcionalidade para a atividade certa, como informa Aldo Vendramin, empresário e fundador. No Brasil, duas raças se destacam por seu desempenho e versatilidade: o cavalo crioulo e o quarto de milha. Estudar e entender as diferenças entre essas raças é essencial para escolher o animal adequado, seja para o trabalho no campo, para o esporte ou para a reprodução.
Neste artigo demonstramos as diferenças dos dois cavalos e qual seria a melhor opção para uma opção ou outra.
Origens e evolução das raças
O cavalo crioulo é uma raça de origem ibérica, desenvolvida no sul da América do Sul, especialmente no Uruguai, Argentina e Brasil. Sua história está ligada à resistência e à rusticidade, características moldadas pelas condições adversas das planícies gaúchas. O crioulo é, antes de tudo, um símbolo de sobrevivência e inteligência.
Já o quarto de milha tem raízes norte-americanas. Surgiu no século XVII, resultado de cruzamentos entre raças inglesas e espanholas, e ganhou fama por sua explosão de velocidade em corridas curtas, o “quarter mile” (quarto de milha) que dá nome à raça. Com o tempo, tornou-se um cavalo de trabalho ágil, musculoso e altamente treinável, muito usado no manejo de gado e nas provas de laço e tambor.

Conforme alude o senhor Aldo Vendramin, cada raça reflete a cultura de onde nasceu. O crioulo vem da resistência e do companheirismo do campo sulino, e o quarto de milha nasce da precisão e da força do trabalho americano. Ambos são extraordinários, apenas têm propósitos diferentes.
Temperamento: docilidade e foco
O temperamento é uma das maiores diferenças entre as duas raças. O cavalo crioulo é conhecido pela inteligência, calma e lealdade. Costuma criar vínculos fortes com o cavaleiro e responder bem ao adestramento gradual. É um cavalo sensível, observador e de reação controlada, ideal para atividades que exigem resistência e obediência, como a Doma de Ouro, o Freio de Ouro e longas cavalgadas.
Já o quarto de milha se destaca pela energia e prontidão. Tem temperamento mais ativo, resposta rápida aos comandos e grande explosão muscular. É muito usado em competições de laço, rédeas, três tambores e apartação, onde a agilidade e a potência fazem toda a diferença.
O cavalo crioulo pensa antes de agir, o quarto de milha age com precisão, explica o fundador Aldo Vendramin. Essa diferença de temperamento faz com que cada raça se encaixe melhor em tipos específicos de cavaleiros e rotinas.
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Estrutura física e resistência
Fisicamente, o cavalo crioulo é compacto e robusto, com altura média de 1,45 a 1,50 m, peito largo e musculatura firme. Sua principal qualidade é a resistência, é capaz de percorrer longas distâncias com pouco desgaste. Essa rusticidade faz dele um cavalo ideal para o trabalho diário em fazendas, travessias ou provas de longa duração, ressalta Aldo Vendramin.
O quarto de milha, por sua vez, é um cavalo de estrutura mais potente e atlética. Tem membros curtos, dorso forte e garupa inclinada, que favorecem arranque e aceleração. Mede entre 1,48 e 1,60 m, dependendo da linhagem (corrida, trabalho ou conformação). É projetado para a potência e a explosão, o que o torna imbatível em curtas distâncias.
Ambas as raças exigem alimentação balanceada, acompanhamento veterinário e ferrageamento adequado, mas a frequência e a intensidade dos treinos diferem conforme a finalidade.
Uso em provas e no campo
O cavalo crioulo sobressai de forma absoluta nas provas funcionais sul-americanas, como o Freio de Ouro, o Crioulaço e o Rédeas de Ouro. Nessas modalidades, o que conta é a versatilidade: o animal precisa ser rápido, obediente e equilibrado, demonstrando controle e harmonia com o cavaleiro.
Já o quarto de milha domina as pistas de laço em dupla, três tambores, seis balizas e apartação, provas que exigem explosão muscular e reflexos rápidos. É um cavalo competitivo, ideal para quem busca emoção e performance imediata.
Segundo Aldo Vendramin, ambos têm lugar garantido no campo brasileiro. O crioulo é o parceiro do peão, que aguenta o dia inteiro no lombo. O quarto de milha é o atleta de elite, que dá o máximo em poucos segundos. São dois extremos que se completam dentro da equitação moderna.
Escolhendo o cavalo ideal
A escolha entre crioulo e quarto de milha depende do objetivo do cavaleiro e do tipo de atividade:
- Para quem busca trabalho diário, longas distâncias e parceria dócil, o crioulo é imbatível;
- Para provas rápidas e competitivas, o quarto de milha é a melhor escolha;
- Para quem deseja cruzamentos específicos, ambas as raças oferecem linhagens versáteis que garantem rusticidade, beleza e equilíbrio.
Tal como considera o senhor Aldo Vendramin, a melhor decisão é sempre aquela que considera o propósito, pois um bom cavalo é aquele que corresponde à expectativa do seu cavaleiro, e isso só se conquista com respeito, cuidado e treino.
O Brasil é privilegiado por abrigar duas das raças mais completas do mundo. O cavalo crioulo, com sua resistência e docilidade, e o quarto de milha, com sua potência e velocidade, representam o equilíbrio entre tradição e modernidade no campo e nas pistas. O importante não é escolher a raça mais famosa, mas sim aquela que fala a mesma língua do seu trabalho e do seu coração.
Autor: Bertolucci Swatt






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