Brasil tira a invencibilidade dos EUA na Liga da Nações com boa atuação

Nada melhor para esquecer uma derrota dolorida do que uma grande vitória. E foi isso que a seleção masculina de vôlei fez neste domingo, pela Liga das Nações. Um dia depois do revés para Cuba, o time de Renan Dal Zotto derrubou os Estados Unidos por três a um, parciais de 25/19, 21/25, 25/15 e 25/21. O time americano era líder do torneio e não tinha sequer perdido um set até encarar o Brasil.

Além do resultado em si, o Brasil teve outro motivo para comemorar. Alan, que sentiu um incômodo na panturrilha contra a Argentina, entrou como titular e teve boa atuação. O oposto tem um histórico recente de lesões e preocupava porque é peça fundamental de olho em uma medalha tanto na Liga das Nações quanto nos Jogos de Paris.

Alan só não foi o maior destaque porque Judson, que foi titular pela primeira vez na seleção, fez uma partida espetacular e foi fundamental para a vitória, assim como Honorato, que também ganhou a vaga no sexteto inicial e mostrou que tem qualidade para brigar por vaga nas Olimpíadas.

Destaques

Em um dia que o time todo foi bem, Judson foi quem mais chamou a atenção. Estreando pela seleção na Liga das Nações o central teve a primeira chance como titular e foi muito bem. Bruninho fez uma distribuição homogênea e inteligente e foi fundamental para o bom resultado. Pelos Estados Unidos, a dupla de ponteiros Defalco e Russel foram as grandes dores de cabeça.

Próximos jogos
A seleção masculina folga na semana que vem, quando é a vez das meninas entrarem em quadra. O time de Renan Dal Zotto volta a jogar no dia 20 contra a Bulgária, em Orleans (França). Na sequência, enfrenta Japão, Eslovênia e França. Todos os jogos terão transmissão ao vivo do sportv2. O ge acompanha em tempo real.

Na tabela
O Brasil está em segundo, empatado com os próprios Estados Unidos, a Eslovênia e a Argentina, todos com três vitórias, uma derrota e nove pontos.

O jogo
A seleção começou com Judson e Honorato como titulares nos lugares de Flavio e Adriano. Alan voltou ao time depois de ser poupado por causa de dores na panturrilha. Bruninho, Otávio, Lucarelli e Thalles fecharam os titulares. E a equipe começou bem. No bloqueio de Bruninho em Russell, abriu 8 a 6. A vantagem subiu para quatro no ataque para fora de Hanes (13 a 9). Mas os Estados Unidos reagiram e encostaram no ace de Russel em Honorato (13 a 12). Mas foi o próprio ponteiro que retomou a boa margem para o Brasil ao dar dois tocos em sequência, fazendo 17 a 13. A seleção deslanchou de vez e Judson, que fazia ótima partida, fechou o set por 25 a 19.

A seleção americana começou fazendo dois a zero, mas o Brasil buscou rapidamente o empate. E isso se tornou a tônica do segundo set. Os times trocavam pontos e não conseguiam desgarrar no placar. O primeiro a conseguir uma vantagem foi o Brasil no ace de Bruninho (12 a 10). Mas os EUA empataram em sequência da mesma forma, em um bom serviço de Hanes (12 a 12). O Brasil titubeou por um momento no que vinha fazendo de melhor: o ataque. E logo os americanos fizeram 17 a 14 em belo ataque de Defalco. Com isso, administraram até fechar em 25 a 21 em ataque de Holt pelo meio.

O Brasil começou com tudo no terceiro set. Alan fez um ace. Depois, quebrou o passe e ajudou Flavio, que entrou no lugar de Otávio, a bloquear e fazer 4 a 1. Honorato também sacou com perfeição e abriu 6 a 2. Quando Bruninho foi para o saque, a seleção teve uma passagem brilhante. Foi uma sequência de lances em que o time teve volume de jogo e paciência para botar a bola no chão. Na última delas, Lucarelli atacou para fazer 12 a 4. O Estados Unidos conseguiram equilibrar um pouco as ações, mas o Brasil seguiu muito bem, com Bruninho variando as jogadas e todos conseguindo pontuar. Com isso, foi questão de tempo até Holt sacar na rede e a seleção fechar em 25 a 15.

O Brasil começou o quarto set melhor, e abriu vantagem quando Ma’a tentou atacar de segunda e acertou a rede (4 a 2). Lucarelli sentou a mão no saque e fez um ace para deixar o time ainda mais na boa (10 a 7). Os Estados Unidos apertaram no bloqueio de Russell em Lucarelli (15 a 14). Mas Judson virou uma bola difícil e bloqueou outra logo em sequência e a vantagem voltou para quatro pontos (19 a 15). E foi em mais um bloqueio do central que a seleção fechou o jogo em 25 a 21.

Como é o esquema de classificação da Liga das Nações:
A Liga das Nações é disputada entre 16 seleções, com duas fases de competição. Na primeira, cada equipe joga 12 vezes, em três etapas diferentes. Cada jogo vale pontos para a tabela classificatória.

Ao final das três rodadas, as oito melhores equipes avançam à fase final. O país que sediar a disputa pelo título tem lugar garantido entre os classificados. No caso da competição masculina, a Polônia já têm lugar reservado.

Na fase final, o formato é de eliminação direta. Ou seja: nas quartas de final, o primeiro colocado encara o oitavo e assim por diante. Na sequência, serão disputadas as semifinais e as finais.