Agredido por torcedores do Corinthians em um motel da Zona Oeste de São Paulo, na última terça-feira, o meia Luan deve decidir nessa quarta quais serão seus próximos passos. Até o momento, o jogador não prestou queixa à polícia, nem discutiu seu futuro no clube.
Atualmente com 30 anos, Luan não atua pelo Corinthians desde fevereiro de 2022. A última partida oficial disputada por ele foi em novembro, quando estava emprestado ao Santos.
Abaixo, veja ponto a ponto como está a situação de Luan no Timão:
- Contrato: Luan tem vínculo com o Corinthians até o fim desse ano. Assim, ele já pode assinar um pré-contrato e se transferir para qualquer clube, sem custos, a partir de janeiro de 2024;
- Salário: segundo Duilio Monteiro Alves, presidente do Timão, o meia recebe salário de R$ 800 mil por mês, um dos maiores do elenco alvinegro. O clube gostaria de rescindir o contrato, mas para isso teria que pagar os seis meses restantes. Sem dinheiro para isso, a diretoria alvinegra espera propostas de empréstimo para Luan;
- Utilização: o jogador treina separado dos demais atletas do Corinthians desde janeiro e chegou a pedir a Vanderlei Luxemburgo para ser reintegrado. O treinador, porém, não aceitou. Em entrevista no último domingo, ele disse que não utiliza o atleta porque a torcida não quer.
A única manifestação de Luan após as agressões foi a publicação de uma foto, na qual ele mostra um calção ensanguentado junto da frase “não é só futebol”.
Em nota, o Corinthians repudiou a “agressão covarde” contra o jogador e disse prestar assistência.
Para ter 50% dos direitos de Luan, o Corinthians gastou R$ 28,9 milhões, em 2020. De lá para cá, o meia disputou 80 jogos pelo clube, sendo 50 como titular. Ele marcou 11 gols e não conseguiu conquistar nenhum título.
De acordo com o balanço financeiro de 2022, o clube fechou o ano passado devendo R$ 4,5 milhões ao jogador em direitos de imagem.
Sem Luan, o Timão volta a campo nessa quarta-feira, em duelo contra o América-MG, no Independência, pelas quartas de final da Copa do Brasil.